quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Negritude (série camarim)




Ontem fui ao SESC Tijuca ver Zeze Motta.
Por um instante retornei ao ano de 1978, ao camarim do Teatro Ipanema, depois do show maravilhoso Chica da Silva.
Eu estava extasiada com a performance de Zeze!
Muitas pessoas famosas, tendo o privilégio de cumprimenta-la primeiro, e eu ali...com paciência dos principiantes.
Depois de algum tempo, frente a frente com ela,tremi. Tremi, mas falei.
Disse-lhe que tinha uma musica pra ela...
Abriu um sorriso luminoso e me disse: - " Venha mostra-la em minha casa! Pegue meu telefone com a produção!"
Caí dura.
Como poderia ser tão fácil?
Foi.
Ainda cheia de emoção, boca seca, mão tremendo, lá estava eu, na casa de Zeze,cantando NEGRITUDE ( letra de Paulo Feital) pra ela e seu produtor, Sérgio Cabral.

"Trago no meu peito as marcas do açoite
Na pele cor de noite que o bronze esculturou
Tenho no meu sangue o elã da madrugada
De cada encruzilhada que Angola me deixou
Sou filha do atabaque do som dos retirantes
Do Congo dos amantes caçados no Sudão
Das músicas de Gana
Das flautas de Uganda
Das festas de Luanda, tambores do Gabão
E desses ancestrais, da Argélia ao Senegal
Nasceu meu carnaval e dele sou herdeira
E mostro com orgulho ao mundo, à terra inteira
Meu ritmo, meu viço de negra brasileira"...

Gravou, e foi o nome de seu segundo LP.
Minha amiga querida, irmãzinha carinhosa- Meu agradecimento eterno!
PS- Negritude está em meu site: www.myspace.com/irineamariaribeiro

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